Sábado, 31 de Maio de 2008

Esclarecimento sobre os "benefícios" das classificações de Excelente e Muito Bom

Mais uma vez a equipa do ministério da educação cozinha os professores em lume brando, nesta questão das classificações de Excelente e Muito Bom.

Num post que publiquei anteriormente, procurei desmontar o ilusório benefício de tal qualificação.

O ECD prevê:

Artigo 48º

Efeitos da avaliação

1- A atribuição da menção qualitativa de Excelente durante dois períodos consecutivos de avaliação de desempenho determina a redução de quatro anos de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.

(...)

 

Desmontando este artigo verificamos o seguinte:

1- Os professores podem concorrer a titulares com 18 anos de serviço (artigo 38º do ECD);

2 - Para a obtenção da redução de quatro anos são necessários 2 ciclos de avaliação, ou seja, 4 anos;

3 - Se o professor já tem 14 anos de serviço, no final dos ciclos de avaliação terá 18.

Fica assim provado que não irá ter qualquer benefício do seu esforço ao longo dos 4 anos com avaliação de Excelente. Com a classificação de BOM teria exactamente o mesmo resultado.

Mesmo os professores mais novos que obtenham a classificação de Excelente em dois ciclos consecutivos e beneficiem da possibilidade de concorrer a professor titular 4 anos mais cedo, não é garantia de benefício real da redução. Se não se verificar a abertura de concurso para titulares nos anos imediatos à obtenção das classificações, a possibilidade de beneficiar da redução esgota-se.

 

Esta demonstração deve responder ao colega António, que no blog "ProfAvaliação" Ramiro Marques, contestou o post por mim editado argumentando desta forma:

 

"1.um professor que na reconversão ficasse no início do 4º escalão de professor - indice 218- necessita de um total de 13 anos para chegar ao final do índice 245;"

"2. assim, se em 2 ciclos de avaliação ganhar 4 anos, significa que para cumprir o percurso de 13 anos necessita apenas de 9...."

 

Relativamente a este raciocínio , penso que há alguma confusão e não está de acordo com o ECD.

A redução prevista, resultante da obtenção da classificação de Excelente e Muito Bom, não se aplica à progressão na carreira, mas somente ao acesso a professor titular.

Quanto à "necessidade de um total de 13 anos para chegar ao final de índice 245" há aqui um grande equivoco, uma vez que, o índice "245", da carreira de professor, será atingido pelos professores que, após a realização da prova pública tenham concorrido a professor titular e não tenham obtído provimento por falta de vaga.

Os professores nesta situação ficam no 6º escalão, índice 245, até conseguirem vaga de titular, podem ser 2, 3, 13 ou 20 anos. (artigo 37º, ponto 5)

 

Pretendo apenas demonstrar que o Artigo 48º do ECD constitui um verdadeiro insulto aos professores. Surge como bandeira da diferença, que este modelo de avaliação premeia os melhores desempenhos, mas o que vemos na aplicação prática é a exigência de um esforço desmedido por parte dos professores, em troca de coisa nenhuma.
 

Os professores não pedem prémios, mas somente que sejámos tratados com algum resquício de ética, se não for pedir muito, com  verdade e  honestidade, por parte de quem tutela a Educação no nosso país.

publicado por Margarida às 12:23

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Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

Ei-las que surgem... as quotas! Para que servem?

Escolas poderão atribuir máximo de 10% de "Excelente" e 25% de "Muito Bom" na avaliação desempenho

 

As escolas vão poder atribuir um máximo de 10 por cento de classificações de "Excelente" e 25 por cento de "Muito Bom" no âmbito da avaliação de desempenho dos professores, mas só se tiverem nota máxima na avaliação externa.

De acordo com uma proposta de despacho conjunto do Ministério das Finanças e da Educação a que a Lusa teve hoje acesso, apenas os agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas que obtiveram "Muito Bom" nos cinco domínios que compõem a avaliação externa poderão atribuir aquelas percentagens.

 

Isto deve significar que as escolas que não foram, ainda, alvo de avaliação externa não terão percentagens. Será?

 

Com quatro classificações de "Muito Bom" e uma de "Bom" os estabelecimentos de ensino poderão atribuir um máximo de nove por cento de "Excelente" e de 24 por cento de "Muito Bom". Com três classificações de "Muito Bom" e duas de "Bom" ou quatro de "Muito Bom" e uma de "Suficiente" só poderão dar oito por cento de "Excelente" e 23 por cento de "Muito Bom".

 

Na pior das hipóteses, com uma classificação de "Muito Bom" e quatro de "Bom" ou duas classificações de "Muito Bom", duas de "Bom" e uma de "Suficiente", as escolas poderão dar seis por cento de "Excelente" e 21 por cento de "Muito Bom" aos docentes avaliados.

 

Segundo a proposta, a classificação de "suficiente" na avaliação externa nunca se poderá referir aos domínios dos "Resultados" e da "Prestação do serviço educativo".

As escolas cujos resultados na avaliação externa sejam diferentes dos previstos no despacho, bem como as que não foram objecto de avaliação, poderão aplicar um máximo de 5 por cento de "Excelente" e 20 por cento de "Muito Bom", as percentagens mais baixas que estão previstas.

 

Estas percentagens aplicam-se nos estabelecimentos de ensino cujo relatório final de avaliação externa seja tornado público até à validação das propostas de avaliação de desempenho pela Comissão Coordenadora da Avaliação.

 

As percentagens previstas neste despacho aplicam-se aos professores titulares que exercem funções de avaliação, com excepção dos coordenadores de departamento ou dos coordenadores dos conselhos de docentes, aos restantes professores titulares, aos professores e ao pessoal docente contratado.

 

Este parágrafo não está fácil de entender. Vamos esperar que a publicação do documento oficial traga alguma luz.

 

Aos coordenadores de departamento curricular ou dos conselhos de docentes poderá ser atribuído um "Excelente" e um "Muito Bom", se no agrupamento ou escola não agrupada o número de coordenadores for igual a quatro.

Quando este número foi igual a cinco podem ser atribuídos dois "Muito Bom" e um "Excelente". Se o número de coordenadores for igual ou superior a seis podem ser atribuídas duas classificações de "Excelente" e duas de "Muito Bom".

 

Este despacho será negociado ainda esta semana entre o Governo e os sindicatos de professores.

 

Para que melhor se percebam os verdadeiros benefícios das menções de EXCELENTE e MUITO BOM, vou transcrever o respectivo artigo do ECD.

 

Artigo 48º

Efeitos da avaliação

1- A atribuição da menção qualitativa de Excelente durante dois períodos consecutivos de avaliação de desempenho determina a redução de quatro anos de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.

(...)

Analisemos então:

Para a obtenção de 2 Excelentes consecutivos são precisos 4 anos.

Os professores podem aceder à categoria de professor titular com 18 anos de serviço.

Pelo que, só os professores com menos de 12 anos de serviço poderão beneficiar desta redução.

Como sabemos, são muito poucos os professores com menos de 12 anos de serviço em condições de sonharem com tal menção, sendo que, muitos nem do quadro serão.

Podem os senhores Presidentes dos Sindicatos, os Senhores Secretários de Estado e a Senhora Ministra da Educação dedicar a este tema mais alguns meses a negociar as tais quotas, pois o assunto justifica...

publicado por Margarida às 23:03

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Domingo, 25 de Maio de 2008

Nos Açores o tempo de serviço é descongelado

 

A RECUPERAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO CONGELADO É TOTAL E IGUAL PARA TODOS OS DOCENTES

 

O Sindicato dos Professores da Região Açores - SPRA, perante as insinuações vindas a público de que estaria em causa a recuperação absoluta do tempo de serviço congelado, para todos os docentes, correspondente a, sensivelmente, 28 meses, e respeitante ao período que decorreu entre 30 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de 2007, reuniu hoje, dia 29 de Abril de 2008, com o Vice-Presidente do Governo e o Secretário Regional da Educação e Ciência, solicitando uma redacção clarificadora da Proposta de Diploma a enviar à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, nos termos em que havia sido negociada com o SPRA, em 14/04/08, e respeitante à adaptação à Região da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas na Região.

Assim, o ponto 7 da proposta de diploma, respeitante à relevância do tempo de serviço, passa a ter a seguinte redacção:

7. Sem prejuízo do disposto nos artigos 9º e 10º do Decreto Legislativo Regional nº 21/2007/A, de 30 de Agosto, aos docentes dos estabelecimentos de ensino não superior , que à data de entrada em vigor do presente diploma se encontrem a prestar serviço no sistema educativo regional, o tempo de serviço prestado neste sistema durante o período de congelamento ocorrido de 30 de Agosto de 2005 a 31 de Dezembro de 2007 releva, na actual carreira, para efeitos de progressão, de acordo com os módulos de tempo previstos, nos seguintes termos:

a) 50% daquele período de congelamento a partir da data da entrada em vigor do presente diploma;

b) 50% daquele período de congelamento a partir de 1 de Setembro de 2009.

O Sindicato dos Professores da Região Açores obtém, assim, mais uma importante vitória para os Professores e Educadores, sendo a 1ª Região no país a recuperar o tempo de serviço congelado aos docentes, ainda que em 2 fases, por não ter aceite a aplicação do regime de quotas aplicado à restante função pública.

O SPRA, pela sua capacidade negocial e pela sua força reivindicativa, consegue marcar a diferença pela positiva, salvaguardando a carreira única, sem quotas e sem vagas a Gestão Democrática das Escolas, a anualidade dos concursos, o alargamento do regime especial de reposicionamento salarial, de 2 para 8 meses, entre outros, aos quais junta, para admiração e referência no espaço nacional, mais esta importante reconquista do tempo de serviço, que, não é, de modo algum, uma benesse, mas sim um direito alcançado pelos docentes.

O SPRA demonstra, mais uma vez, que tem sentido de responsabilidade e que tudo faz para satisfazer os legítimos direitos e interesses dos docentes.

Ponta Delgada, 29 de Abril de 2008

A Direcção do SPRA

 

Via email, com agradecimento a João Calca.

O país é o mesmo, os professores têm a mesma formação, onde estará a diferença?

Vamos esperar que os sindicatos do Continente percebam a importância do ENTENDIMENTO...

publicado por Margarida às 18:48

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Sábado, 24 de Maio de 2008

Desporto Escolar assim... Não, obrigado!

Ex.mo Srs

Sou Professor de Educação Física e estive este fim-de- semana a acompanhar os meus alunos do Núcleo de Ténis da minha Escola nos Campeonatos Regionais de Ténis, que decorreram em Santarém. Pela 1ª vez estive presente nuns Campeonatos Regionais desta modalidade. Verifiquei que mais de 1/3 dos Professores e alunos apurados para este campeonato primaram pela ausência.
Agora compreendo porquê! Os Professores, em regime de puro voluntariado, abdicaram dos seus dias de descanso semanal com a família(3 e 4 de Maio) para acompanharem as performances desportivas dos seus alunos. Só por isto, numa altura em que o ME tanto desprestigia a classe docente, já merecia alguma reflexão. O que é mais lamentável, contudo, é que durante dois dias, das 10h00 da manhã de Sábado até às 19h30 de Domingo, professores e alunos terem apenas uma refeição quente (Jantar de Sábado), alimentando-se de sandes em todas as restantes refeições. Para além disto, sujeitaram-se a dormir no chão de uma sala de aula, tendo a organização cedido pequenas "esteiras de campismo" com menos de 1 cm de espessura. Tendo eu, e vários outros Professores de meia idade, problemas de coluna, "dormir" naquelas condições tornou-se um autêntico "calvário".

O Ministério da Educação continua a tratar os Professores como números irrelevantes, sem honra nem dignidade. Por extensão, o Desporto Escolar está ao serviço desta política educativa.

Desportivamente apurei 3 alunos para os Campeonatos Nacionais, que irá decorrer em Évora, durante 4 dias. Uma das minhas atletas foi Campeã Regional e séria candidata a vencer o Campeonato Nacional. Mas, em Évora, vão estar milhares de alunos em representação de 12 modalidades desportivas e não apenas uma.
Se Santarém não teve condições condignas para receber cerca de uma centena de alunos nos Campeonatos Regionais de Ténis, em que condições irão ser recebidos, em Évora, milhares de alunos de todo o País, durante 4 dias? Vai ser "Tudo ao Molho e Fé em Deus"? Como vão ser recebidos os Professores, que lá vão estar, gratuitamente, para orientar, acompanhar e responsabilizar-se pelos seus alunos? Vão continuar a dormir no chão de uma sala de aula e comer sandes durante 4 dias? Nada disto faz sentido no Século XXI.

Para quando prever despesas de representação para os Professores, que com o seu trabalho e dedicação, apuraram atletas para os diversos Campeonatos Regionais e Nacionais? Como compensar os dias de Descanso Semanal que foram despendidos a trabalhar 24 horas por dia para o DESPORTO ESCOLAR. Se não comparecer, nada me acontece profissionalmente e a minha Família agradece.

Afinal de contas para que servem as Pousadas da Juventude que são do Estado?
Porquê concentrar todas as modalidades num só local? Serão as condições desportivas e de alojamento das várias Escolas condignas para quem se apurou para os Campeonatos Nacionais do Desporto Escolar?

Pela minha parte, não irei fazer parte deste "Circo". Os meus alunos irão compreender. Vão ficar muito tristes, eu sei. Mas irão compreender.
Aproveitarei para lhes falar sobre dignidade e honra profissional. E eles irão compreender. Não é por falta de recursos financeiros que temos que nos sujeitar a estas condições desportivas. Vou-lhes dizer que por 10% dos dois milhões de euros que o Estado atribuiu ao Tiago Monteiro para provas automobilísticas, teríamos condições condignas e humanizadas para disputar os Campeonatos Nacionais. Certamente que eles irão compreender. Eu é que não.
Não compreendo.
José Manuel Anselmo
Professor de Educação Física


Via email, com agradecimento ao Gil Castro, professor de Educação Física e veterano nestas coisas do Desporto Escolar.

publicado por Margarida às 23:10

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Regras transitórias: Professores devem apresentar queixa à Provedoria de Justiça

 "Protestos de professores fazem disparar queixas na Provedoria de Justiça" 

O relatório anual da Provedoria de Justiça de 2007, enviado esta semana para a Assembleia da República, regista um aumento do número de queixosos de 22 por cento, relativamente ao ano anterior, totalizando 10.021 participações. Este acréscimo decorreu sobretudo de problemas relacionados com o emprego na administração pública, sobretudo no sector da educação.

As queixas relativas à função pública (859 novos processos) assinalaram um crescimento de 37 por cento, colocando o tópico no primeiro lugar dos assuntos mais reclamados ao provedor de Justiça. Em 25 por cento destes processos a iniciativa pertenceu a professores, por causa do concurso de ingresso na categoria de professor titular.

 

O concurso para professores titulares mobilizou os docentes no recurso às participações à provedoria de justiça, o que teve como consequência a realização de um novo concurso para professores titulares.

As regras impostas pelas normas transitórias para a transição dos professores da antiga carreira para a nova, traz enormes discrepâncias em que professores têm formas diferentes de transitar ao escalão seguinte e chegar ao topo da carreira, pelo que, também neste caso, os docentes que se encontram nesta situação se deveriam mobilizar e solicitar o parecer da provedoria de justiça, sobre este ponto que tantas injustiças vai causar entre a classe docente.   

publicado por Margarida às 18:49

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O que mudou afinal na avaliação dos professores com o entendimento

"Fenprof: Algumas escolas continuam a observar aulas e a realizar entrevistas na avaliação de professores" 

Foi publicado o decreto regulamentar nº11/2008, que regulamenta a avaliação simplificada para o ano 2007/08, para os professores contratados e para os professores do quadro.

A análise do documento permite constatar que, o mesmo, reforça um conjunto de procedimentos a adoptar pelas escolas e que já se encontravam no decreto regulamentar nº 2/2008.

 Relembra às escolas a necessidade de:

 

"Realizar as acções necessárias à aplicação do sistema de avaliação de desempenho dos professores, durante o ano escolar de 2007/2008, designadamente através da alteração dos respectivos projectos educativos para a fixação de objectivos e de metas, da fixação dos indicadores de medida e do estabelecimento do calendário anual de desenvolvimento do processo de avaliação."

 

Relativamente aos professores que, neste ano escolar, necessitam de ser avaliados para progredirem na carreira ou para efeitos de renovação ou de celebração de novo contrato, o órgão de gestão procede à aplicação de um procedimento de avaliação simplificado, que inclui os seguintes parâmetros:

  • A ficha de auto-avaliação;
  • A avaliação dos seguintes parâmetros pertencentes à avaliação efectuada pelo órgão de direcção: nível de assiduidade, cumprimento do serviço distribuído e acções de formação contínua.  

Estes são os parâmetros definidos no decreto regulamentar, pelo que os professores devem exigir, nas escolas onde sejam exigidos outros parâmetros, o cumprimento do estipulado no decreto.

 

Atente-se agora no ponto 3 do artigo 2º do novo decreto regulamentar.

 

3 - Na ficha de auto-avaliação devem ser preenchidos todos os campos, ainda que alguns apenas parcialmente por não terem sido fixados objectivos individuais.

 

  É com espanto que vejo esta exigência, uma vez que, é exigida a auto-avaliação nos parâmetros não considerados para a avaliação simplificada.

Deve ter sido um pormenor que escapou aos nossos sindicatos e ao "entendimento da vitória".

Mais uma vez, os Conselhos Pedagógicos e Conselhos Executivos fazem figura de palhaços e dão o dito por não dito, pois em muitas escolas já se havia decidido que os parâmetros da ficha de auto-avaliação a preencher seriam os relativos aos parâmetros a avaliar.

 

Para os professores do quadro o mesmo decreto  destina o seguinte:

 

5 - Para efeitos de avaliação dos docentes que nos termos das regras sobre periodicidade da avalaição só são objecto da atribuição de uma menção qualitativa até ao final do ano civil de 2009, deve, no ano escolar de 2007 - 2008, proceder-se à recolha de todos os elementos constantes dos registos administrativos das escolas.

 

E neste ponto estamos todos nós, sem se saber muito bem o que são os "elementos constantes dos registos administrativos". Vamos acreditar que o bom senso vai imperar em todos os Conselhos Executivos e Conselhos Pedagógicos das nossas escolas.

Também neste ponto não se vê uma significativa alteração ao que já estava previsto no decreto regulamentar nº 2/2008, pelo que o "entendimento da vitória" apenas adiou as aulas assistidas que passam, a duplicar, para o próximo ano lectivo.

Vamos todos, avaliadores e avaliados, ter um ano 2008/2009 fantástico. Que seja tudo a bem do belo entendimento.

publicado por Margarida às 17:34

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Quinta-feira, 22 de Maio de 2008

Que reformas...

Como encarregada de educação e como professora, acredito que possuo uma visão privilegiada sobre as reformas que têm vindo a ser implementados no ensino. Vejo as alterações introduzidas pelo ministério da educação como uma manta de retalhos sem qualquer articulação.

A introdução das Actividades de Enriquecimento Curricular no 1º CEB, nomeadamente o Inglês e as Expressões, na minha opinião, são uma excelente medida, mas a aplicação prática é francamente negativa.

A realidade que constatamos é que os alunos não adquirem competências nestas áreas, não há articulação entre os professores titulares de turma e os professores das AEC. Estes, sob a tutela das autarquias, encontram-se desligados da escola e desvinculados de qualquer compromisso pedagógico ou curricular, sendo considerados animadores dos tempos livres.

Ninguém conhece o que é ensinado... Não existe um programa com definição de conteúdos e competências a desenvolver e adquirir. Não existe articulação entre o que o aluno adquiriu no 1º CEB e a continuidade, desejável, no 2º CEB.

Temos no 1º CEB o Inglês, TIC e Expressões, mas sem conteúdos e um perfil de competências a desenvolver.

Isto é bom? Não, isto não é nada.

Seria bem diferente se estas novas áreas fossem consideradas no currículo dos alunos do 1ºCEB e, consequentemente, no Projecto Curricular e no Projecto Educativo dos respectivos Agrupamentos de Escolas.

Neste caso teríamos, no 1º CEB, 1 professor titular de turma coadjuvado por 2 professores de áreas específicas, constituindo uma equipa pedagógica, todos com igual grau de responsabilidade no processo de ensino/aprendizagem.

Outro dos aspectos negativos neste processo, prende-se com a gestão do pessoal docente que, obviamente, deveria ser da responsabilidade do Agrupamento de Escolas e não das autarquias.

Neste pressuposto, considero viável e positiva a reestruturação do ensino em dois grandes ciclos - Básico do 1º ao 6º ano e secundário do 7º ao 12º ano.

No entanto é urgente um profundo estudo e reflexão sobre o currículo do 3º CEB e do ensino Secundário. A análise estatística mostra-nos que as maiores percentagens de insucesso escolar se situam nos 7º e 10 anos. Aqui se vê a discrepância entre os normativos legais sobre avaliação dos alunos que orientam a retenção para o final de cada ciclo, numa lógica de avaliação de competência no final do ciclo, mas que na prática não se ajusta à realidade. Esta revela-se bem diferente, mostra-nos que os alunos no 7º e 10º anos, apresentam inúmeras dificuldades para acompanhar os conteúdos e o perfil de competências exigidos pelos currículos.

Este é, talvez ,dos problemas mais complexos e não se pode justificar com um simples "brusca transição".

A reforma no 1º e 2º CEB não pode ser pensada separadamente da reforma no 3º CEB e no ensino Secundário.

O 3º CEB beneficiaria com a redução da panóplia de disciplinas e áreas curriculares não disciplinares, centralizando-se o currículo em grandes áreas do conhecimento, com um reforço da componente horário, de forma a permitir aprofundar e consolidar os conhecimentos. A introdução de áreas específicas remeter-se-ia para os últimos anos, de acordo com a opção dos alunos, com a consequente redução horária das áreas anteriores e o reforço das novas.

Talvez porque sou encarregada de educação e professora, não consigo entender estudos como o do Conselho Nacional de Educação, que consegue perspectivar a educação/ensino em fragmentos, conceber e apontar reformas para uma parte e ignorar as outras.

No meu humilde entendimento, as reformas só serão positivas quando pensadas como um todo, com articulação e sem descontinuidade entre o 1º e o 12º ano.

Esta deveria ser a aposta séria do ministério da educação e não trabalhar para a estatística, tapando o sol com a peneira, exibindo CEF's e Novas Oportunidades.

publicado por Margarida às 18:14

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Quarta-feira, 21 de Maio de 2008

As certezas do senhor secretário de estado

A vitória nas próximas eleições é, para o senhor secretário de estado Valter Lemos, um dado adquirido e nos seus devaneio, deve imaginar-se com nova maioria absoluta.

 Fusão dos 1º e 2º ciclos pode acontecer já na próxima legislatura 

 O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, apontou hoje para a próxima legislatura a eventual fusão dos 1º e 2º ciclos e defendeu um "razoável consenso" para a concretização desta medida.

"Não me parece que a decisão organizacional de integração do 2º no 1º ciclo possa ter lugar sem haver um razoável consenso", disse Valter Lemos, no final da cerimónia de encerramento do seminário do Conselho Nacional de Educação "Educação das Crianças dos 0 aos 12 anos", adiantando que a alteração "não" vai acontecer nesta legislatura e não consta do programa do Governo.

O secretário de Estado reagia à principal conclusão de um estudo do Conselho Nacional de Educação (CNE), que recomenda a fusão dos 1º e 2º ciclos do ensino básico para acabar com "transições bruscas", com apenas um professor, que deverá passar a ser progressivamente apoiado por outros docentes em pelo menos duas áreas.

(...)

 

 Estou comovida com a súbita preocupação deste senhor com o "razoável consenso"! Só podemos tirar uma única conclusão.

- Preparem-se professores que a coisa vai ser pior do que conseguimos imaginar...

publicado por Margarida às 20:24

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Terça-feira, 20 de Maio de 2008

ME prepara o caminho...

Repare-se como tão bem trabalha a máquina da propaganda do ME. O cerco foi perfeito. Por todo lado, jornais, portais, TV trataram de dar a maior visibilidade ao "ESTUDO PROVIDENCIAL" do Conselho Nacional de Educação que recomenda a fusão do 1º e do 2º ciclos.

É admirável a capacidade de análise (olho clínico) da nossa ministra que, em Fevereiro, havia já apontado nessa direcção a propósito da reorganização curricular para o 2º ciclo.

Está, desta forma, legitimada qualquer alteração legislativa que aponte nesse sentido e não apanhará ninguém de surpresa.

Nada como realmente!!!

Um estudo do Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda a fusão dos 1º e 2º ciclos do ensino básico para acabar com "transições bruscas". O objectivo é que os alunos deixem de ser acompanhados apenas por um professor e passem, progressivamente, a ser apoiados por outros docentes, em pelo menos duas áreas.

Segundo o estudo "A Educação das crianças dos 0 aos 12 anos", este ciclo de seis anos "visaria neutralizar as transições bruscas identificadas ao nível da relação dos alunos com o espaço-escola, as áreas e os tempos de organização do trabalho curricular, a afiliação dos professores, o seu papel de aluno e com o desenvolvimento gradual das competências esperadas". Por outro lado, recomenda-se para este ciclo o regime de monodocência com progressiva co-adjuvação, pelo menos em duas áreas, uma mais voltada para as ciências e outra para as letras.

No entanto, os autores do estudo, que será apresentado terça-feira num seminário no CNE, reconhecem que o modelo "ideal, mais interessante e mais flexível" estaria assente em "equipas multidisciplinares", lideradas por professores "especialmente vocacionados" para iniciar as crianças no domínio das literacias e professores mais orientados para o conhecimento disciplinar, embora ainda integrado. "Este modelo permitiria articular a exigência da competência disciplinar face ao crescente desenvolvimento do conhecimento sem relegar para um plano secundário a importância do vínculo pedagógico, da relação de pessoalidade e do conhecimento interpessoal que a actual organização do ensino desestabiliza com a entrada do aluno no 2º ciclo do ensino básico", lê-se no documento.

 

Analisemos as conclusões do estudo providencial:

  • Transição brusca do 1º para o 2º ciclo.

Se o objectivo é identificar factores de insucesso educativo, vamos esperar pelos dados concretos do estudo, pois nas escolas temos os resultados estatísticos, nos quais não consta um agravamento do insucesso ao nível do 5º ano.

Pelo contrário, os dados estatísticos das escola provam que o agravamento do insucesso se verifica na transição do 6º ano para o 7º ano, quando os alunos já estão perfeitamente adaptados ao espaço-escola e à diversidade disciplinar.

É igualmente de estranhar esta proposta tão profunda de alteração ao 1º e 2º ciclos, quando os resultados das Provas de Aferição, nestes dois níveis de ensino, são claramente satisfatórios ou até bons, com percentagens de sucesso próximas dos 90%.

Não querendo duvidar do estudo, certamente terá uma base estatística fiável e pela qual aguardamos para ficarmos todos esclarecidos. Mas que é estranho , lá isso é!

 

publicado por Margarida às 18:26

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Valter Lemos diz que apenas ...

 Federação de Sindicatos da Função Pública fala em cinco mil

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje que apenas 1500 funcionários não docentes vão terminar o contrato no final de Agosto e não cinco mil como denunciou hoje a Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública.


Em declarações à TSF, o responsável do Ministério da Educação garante que os números avançados pela estrutura sindical estão incorrectos, assegurando que a tutela prevê resolver até ao Verão a situação dos funcionários que não vão celebrar novo contrato a termo.

“Estamos a estudar a situação com o Ministério das Finanças, temos também tido reuniões com os sindicatos no sentido de tentar resolver a situação. Tenho uma forte expectativa de que possamos continuar a contar com a colaboração desses trabalhadores”, explica o secretário de Estado à rádio.

Em conferência de imprensa para divulgar as razões da greve/manifestação, agendada para quarta-feira em Lisboa, a dirigente sindical Natália Carvalho disse que perto de cinco mil trabalhadores acabam o seu contrato, já a 31 de Agosto, sem possibilidade de renovação.

"Ou o Ministério da Educação resolve este problema e coloca-os no quadro, ou no próximo ano lectivo muitas escolas não terão condições para funcionar, uma vez que a lei não permite contratar pessoas para substituir outras cujo contrato terminou", alertou Natália Carvalho.

A principal causa apontada pela responsável da federação para o protesto de quarta-feira, é "a completa ausência de disposição para o diálogo, revelada pelos responsáveis do Ministério da Educação".

 

publicado por Margarida às 00:01

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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

Chumbar é retrógrado?

Muito do que politicamente este Governo tem decidido não se orientou para a maior e melhor aprendizagem dos alunos

 

Em entrevista à SIC Notícias, a 12 de Abril, e nesta coluna, a 16 do mesmo mês, expus as razões que me levaram a considerar estrategicamente errada a decisão da Plataforma Sindical, conducente à assinatura de um 'entendimento' com o Ministério da Educação. O que teria acontecido se a actuação da plataforma fosse diversa, ninguém, em rigor, poderá afirmar. Sobre isso, apenas poderemos especular. Mas temos factos, esses evidentes, passe o pleonasmo, que nos permitem perceber que a coesão dos professores sofreu um rombo sério, enquanto a ministra ganhou novo folgo.


A continuidade anunciada dos protestos dos docentes tem-se saldado por sucessivos 'flops': os 100.000 de 8 de Março deram lugar a centenas de agora, aqui e acolá; Dias da Silva, reeleito secretário-geral da FNE em lista única, já prenunciou que a convergência com a Fenprof mudará de figurino; os movimentos autónomos dos docentes renegaram a simbiose com a plataforma, que acusaram de subserviência a lógicas marginais; em expressivo conjunto de escolas assiste-se a uma movimentação significativa para cumprir, até antes do tempo, o processo de implementação do contestado modelo de gestão; quanto à avaliação do desempenho, causa próxima do desacordo que terminou em 'entendimento', lá vai seguindo a sua via de faz de conta, agora vigiada pela burocracia de uma enorme comissão paritária de consolação e animada pela tecnocracia do INA, que esgota acções de formação a 200 euros por cabeça, por dois dias de banalidades.


Maria de Lurdes Rodrigues, salva das cordas nem ela sabe como, voltou ao que era, isto é, à demagogia, à falácia, à culpabilização dos professores ou ao silêncio, nos casos em que uma comunicação social, geralmente generosa, a confronta com a realidade.


Sobre um documento do seu próprio ministério, que reconhece a existência de amianto nas coberturas de 59 por cento das escolas portuguesas, mais não disse que esta cínica frase: 'Felizmente que o mundo das escolas é melhor do que os títulos dos jornais e não se reduz a eles.' Como se o amianto não fosse uma substância altamente cancerígena, mandada retirar dos edifícios públicos pelas instâncias europeias e pela Assembleia da República e ela, ministra, não devesse explicações aos pais das crianças que frequentam essas escolas.


A propósito da recente conferência internacional sobre o ensino da Matemática, ocorrida em Lisboa no quadro do PAM (Plano de Acção para a Matemática), a inefável ministra veio dizer que o insucesso escolar custa ao Estado 600 milhões de euros. Mas não disse como chegou a esse número. Tendo por referência os 7093,8 milhões de euros que constituem a totalidade da dotação do seu ministério, dificilmente se aceita tal valor como razoável. Mas lá que serve para defender o fim dos chumbos (não me admirarei se o vir decretado a breve trecho) serve. Da torrente de declarações públicas em que a ministra tem sido pródiga após o 'entendimento', duas são autênticas pérolas: 'facilitismo é chumbar, rigor e exigência é trabalho' e 'os chumbos são um mecanismo retrógrado, antigo'. Subjacente a esta demagogia está, mais uma vez, uma acusação implícita aos professores que chumbam os seus alunos. Qual é o modernismo que a ministra opõe ao que qualifica de retrógrado e antigo? Entendamo-nos: a missão da escola é ensinar a todos os alunos que a demandam aquilo que está previsto. Mas a sua responsabilidade também é certificar, para utilização da sociedade, o conhecimento que os jovens aí adquirem. Dizer que o possuem sem o terem é uma fraude. Ora o discurso demagógico e pouco claro da ministra, a este propósito, parece fazer a apologia dessa fraude. O problema de gestão educacional com que nos confrontamos é o de saber como fazer para que cresça o número dos que realmente aprendem o que é suposto aprender e não abolir os chumbos, por serem retrógrados. Muito do que politicamente este Governo tem decidido não se orientou para a maior e melhor aprendizagem dos alunos. É por isso que chumbar a ministra da Educação não é retrógrado. É uma inevitabilidade que o 'entendimento' apenas protelou.

Professor do ensino superior


14.05.2008, Santana Castilho, in Público

publicado por Margarida às 23:49

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Domingo, 18 de Maio de 2008

Hinos em Horários Escolares

E mais música que ouvimos pelos corredores.

Kelly Rowland - Work

 

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publicado por Margarida às 23:05

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As faltas na avaliação dos professores

Numa comunicação escrita, datada de 15 de Abril de 2008, o Presidente do CE da EB 2/3 D. João I da Baixa da Banheira informa os docentes do seguinte:

Apesar das faltas legalmente equiparadas a serviço lectivo não contarem para efeitos da falta de assiduidade ao nível de avaliação, no entanto, de acordo com o que consta na ficha de avaliação de desempenho de 7/04/ 2008, o ponto A.2 do Anexo XIII – empenho para a realização das aulas previstas: compensações, permutas, preparação das substituições – remete para todo o serviço lectivo distribuído (total de aulas previstas). Ora, de acordo com este anexo, terá de se registar o número de aulas que não foi leccionado, independentemente das razões que originaram as faltas. Assim, continua o Presidente desta Escola, as aulas não leccionadas acabam por incidir na avaliação de cada docente, independentemente de ter sido leccionada toda a matéria curricular, podendo até agravá-la. E, para ultrapassar esta situação, terão de se aplicar modalidades compensatórias já implementadas na Escola, tal como a permuta e a reposição do serviço lectivo [reprodução não textual, mas fiel ao enunciado escrito].

Se todos os Conselhos Executivos seguirem a referida Escola – e        ver-se-ão forçados, a curto prazo, a fazê-lo – esta ilegalidade que o ME, através de um Regulamento, lhes impõe executar, revoga o artigo 103.º do ECD, pois retira-lhe efeito útil.

Imaginem as subsequentes situações:

1. O docente faltou por motivo de greve.

Esse dia é-lhe descontado no vencimento. Ao 'exigirem-lhe' que reponha o número de aulas em falta, a greve ficou sem efeito útil. Mais grave ainda: trabalha e não recebe, ou seja, repõe as aulas não leccionadas, mas não lhe repõem o pagamento do dia de greve.

2. O docente faltou por motivo de nojo.

Não recebe o subsídio de refeição correspondente aos dias em falta.
Repõe as aulas não leccionadas, mas não recebe o subsídio de refeição
correlativo.

3. O professor não lecciona por motivo de visita de estudo.

O professor que foi em visita de estudo organizada por outro grupo disciplinar tem de repor as aulas não leccionadas apesar de nesse dia ter trabalhado mais horas do que as referenciadas no seu horário de trabalho.

Caros colegas:

Temos de lutar contra esta aberração legislativa de compensar as aulas não leccionadas, pois põem em causa o princípio constitucional da igualdade.

Conhecem algum médico, juiz ou operário que seja obrigado a repor as horas que justificadamente não trabalhou?

Em Direito ensinaram-me que as leis inferiores não revogam leis superiores; que o respeito pela hierarquia das leis é um dos fundamentos de um Estado de Direito Democrático.

Ou ensinaram-me mal ou, pelos vistos o Estado de Direito Democrático não existe.

Vítor Barros

 

Via email

publicado por Margarida às 23:04

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As obras de leitura obrigatória. Grande chatice!

  

"Obras de leitura obrigarória afastam alunos do secundário" 

"Sabíamos há muito das reais dificuldades dos adolescentes perante o acto de ler, mas esta pesquisa veio esclarecer-nos sobre a situação. Concluímos que num razoável número de casos a leitura precária se deve ao facto de não existir, antecipadamente, uma correcta selecção dos livros que chegam à mão das crianças e dos adolescentes", refere Maria Gabriela Silva.

 

Poesia trovadoresca, lírica camoniana e episódio lírico-simbólico da 'Ilha dos Amores' de "Os Lusíadas", "Frei Luís de Sousa", "Folhas Caídas", "Amor de Perdição", "Os Maias", "Aparição", poesia de Sophia de Mello Breyner Andersen e poesia de Eugénio de Andrade. Estas obras de leitura obrigatória para os alunos do ensino Secundário descrevem realidades com as quais os adolescentes não se identificam o que dificulta a difícil tarefa de cativar para a leitura. 


As respostas dos alunos sobre as obras obrigatórias:

 

Achas que um adolescente de hoje teria as mesmas reacções e/ou sentimentos que aqui observámos?

A pergunta refere-se a cantigas trovadorescas, entre as quais três de D. Dinis ("O voss' amig', amiga, vi andar"; "Ai flores, ai flores do verde pino" e "Que soidade de mha senhor ei"). E foram mais os que responderam negativamente do que os que deram resposta afirmativa. Aqui ficam algumas respostas negativas.

"O apaixonado hoje já não morre de amor"; "Hoje há grandes paixões mas não se enlouquece nem se morre por isso"; "A diferença vem do facto de que hoje ninguém pensa em morrer por ter sido traído, pode-se ter desgosto mas passa"; "A diferença deve-se à mudança das mentalidades".

E afirmativas: "O amor é igual ao longo dos tempos"; "Os sentimentos e as reacções de quem ama perante a indiferença do ser amado são sempre iguais"; "Concordo, os sentimentos são intemporais".

A partir da obra Frei Luís de Sousa foi feita a seguinte pergunta "Consideras possível, na actualidade, a vivência de um grande amor? Como?".

Neste caso as respostas afirmativas foram em maior número. Mas a autora salienta que "há opiniões muito estremadas" entre os que destacam o carácter livre e inesperado do amor e os que o vêem muito ligado aos aspectos materiais. Aqui ficam algumas das respostas dadas pelos alunos:

"Actualmente somos mais livres para amar do que antigamente, em que os casamentos eram arranjados"; "Um grande amor é possível se existir força de vontade de ambos os lados"; "As pessoas não têm receio de mostrar os seus verdadeiros sentimentos, ao contrário de antigamente em que estavam completamente submissas à vontade da família, principalmente do pai"; "Não é possível"; "Os valores morais mudaram e, em minha opinião, deterioraram-se".

Mais um tema importante que deve merecer a atenção do ME. É que educação não é só CEF's e Novas Oportunidades ou computadores e Internet nas escolas...

publicado por Margarida às 19:26

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Discrepância entre docentes

"Professores voltaram à rua em Coimbra contra as políticas do Governo" 

O líder do Sindicato dos Professores da Zona Centro, José Ricardo, explicou que os professores recusam a imposição do novo estatuto da carreira docente, o modelo de avaliação e "a contagem do tempo de serviço que nos foi coarctada entre Agosto de 2005 e Dezembro de 2007". O sindicalista salientou que a "transição dos professores da antiga carreira para a nova traz enormes discrepâncias em que professores têm formas diferentes de transitar ao escalão seguinte e chegar ao topo da carreira".

"Há professores que demoram mais um, dois ou três anos para chegar ao topo da carreira do que outros. Não podemos ter esta desigualdade entre professores, com regras que o ministério impôs unilateralmente", criticou José Ricardo.

Por fim, um sindicato refere o problema da transição dos professores para a nova carreira. As regras impostas pelas normas transitórias do ECD, impõem uma enorme discrepância e injustiça, uma vez que, prevêem formas diferentes de transição ao escalão seguinte ignorando, para o efeito, o tempo de serviço prestado.

Este é um assunto que deveria merecer uma maior divulgação e preocupação por parte dos sindicatos, a quem cabe levantar os problemas de injustiça e atropelos à lei contra os trabalhadores. São milhares os professores penalizados por estas normas transitórias.

O ECD prevê 35 anos para os professores atingirem o topo da carreira e não 37, 38 ou 39, para os antigos 5º, 4º e 3º escalões , respectivamente. Este problema nunca foi abertamente discutido e surge agora em resultado da aplicação das regras pelo simulador disponibilizado pela DGRHE. 

Este é só mais um dos problemas que irá mobilizar os professores na luta a retomar no próximo ano lectivo.

publicado por Margarida às 17:23

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Hinos em Horários Escolares

E mais música que vamos ouvindo pelos corredores.

 

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publicado por Margarida às 16:26

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Sábado, 17 de Maio de 2008

Prova de Aferição - Língua Portuguesa

 

"Prova foi mais fácil do que o trabalho diário na sala de aula"
 

"Fogo! Foi mais fácil do que os testes da setôra ao longo do ano!". Após hora e meia de uma prova que, para a miudagem dos 4.º e 6.º anos de escolaridade tem um nome "esquisito" - "prova de aferição? mais parece de aflição!..." - jorraram explosões eufóricas de satisfação. A prova de Língua Portuguesa, realizada, ontem de manhã, em todas as escolas dos 1.º e 2.º ciclos, parece ter sido muito acessível para as cerca de 230 mil crianças que as realizaram, muitas das quais fizeram a sua estreia em provas de avaliação tão formais.

 

Será que a setôra exige de mais ou a prova exigiu de menos?

Este estado de euforia manifestado pelos alunos após a realização da prova, é excelente quando se trata de exames para avaliação, o que curiosamente não acontece.

Parece que avaliamos os alunos de forma mais exigente do que avaliamos o sistema.

São critérios...

 

publicado por Margarida às 16:59

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Provas de Aferição

Realizou-se ontem, dia 16, a Prova de Aferição de Língua Portuguesa dos 4º e 6º anos.

Por todo o país milhares de professores organizaram toda a logística necessária à realização das provas.

Será que vale a pena?

Após a realização das provas o comentário mais ouvido pelos alunos era "foi muito fácil", outros diziam memo " foi mais fácil que as fichas da professora".

 

Segundo o ME as "Provas de Aferição de Língua Portuguesa e de Matemática dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico visam avaliar o modo como os objectivos e as competências essenciais de cada ciclo estão a ser alcançados pelo sistema de ensino. A informação que os resultados destas provas fornecem mostra-se relevante para todos os intervenientes no sistema educativo, alunos, pais, encarregados de educação, professores, administração e para os cidadãos em geral. Estes resultados permitem uma monitorização da eficácia do sistema de ensino, devendo ser objecto de uma reflexão ao nível de escola que contribua para alterar práticas em sala de aula, que assim podem e devem ser ajustadas de modo sustentado."

 

Como os alunos verbalizaram, estas provas de Aferição não servem os objectivos a que se propõem. Não orientam nem os alunos, nem os pais e muito menos os professores. Talvez sirvam, antes, para desorientar...

O nível de exigência é tão baixo, tão "básico" que perde a eficácia.

O princípio foi completamente invertido e está errado.

A Aferição tal como o enunciado do ME preconiza está correcta, mas nunca com provas que pelo facilitismo ao nível da exigência, não permitem aferir com rigor o grau de proficiência adquirido pelos alunos e, a reflexão e ilações necessárias a retirar, perdem-se.

Este tipo de prova teria sentido como exame de conhecimentos a ser considerado na nota  final dos alunos e que se deveriam realizar às várias áreas disciplinares, no final de cada ciclo.

Em 2º lugar, não faz sentido  a realização anual de Provas de Aferição e, muito menos, a devolução das notas aos alunos.

A aferição deve ser realizada, mas periodicamente e com um nível de exigência que permita aferir com rigor, de acordo com as competências definidas para o final de cada ciclo, o grau de proficiência dos alunos.

O objectivo não deverá ser, classificar ou atribuir uma nota aos alunos, mas, antes, aferir o sistema.

 

Prova de Aferição / Língua Portuguesa - 4º ano

 

Prova de Aferição / Língua Portuguesa - 6º ano

 

 

publicado por Margarida às 00:15

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Terça-feira, 13 de Maio de 2008

Avaliação simplificada!!!

 

Este documento tem como origem/autor, em propriedades, DREN, pelo que se depreende tratar-se de um documento "oficial", para orientação na elaboração dos instrumentos de registo da avaliação simplificada e posteriormente da avaliação normal.

Não vou tecer comentários aos descritores, uma vez que, sendo os mesmos do livre arbítrio de cada escola, um Excelente professor no Sul pode ser um professor Insuficiente no Norte...É só uma opinião pessoal.

Relativamente ao instrumento de registo do desempenho do docente, o documento prova a enormidade deste processo de avaliação.

É evidente que o processo mais razoável será o de registar as evidências observadas pelo avaliador, no desempenho do docente ao longo do período em avaliação, 2 anos, e posteriormente, com base nas evidências observadas, enquadrar nos respectivos descritores para classificação.

Registar evidências depende do olhar de quem observa e do interesse que a coisa lhe pode despertar...

Se isto assim se mantiver, coitadinhos de nós professores que estamos todos nas mãos de 1+4.

Tenho dúvidas que o 1 consiga registar, com rigor e sem lhe escapar nadinha, tanta evidência e de tantos professores.

publicado por Margarida às 00:47

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Domingo, 11 de Maio de 2008

Hinos em Horários Escolares

Duffy - Mercy

Os sons que vamos ouvindo pelos corredores

 

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publicado por Margarida às 17:37

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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008

Classificações de Excelente e Muito Bom - Pérolas do ECD

"Educação: Escolas com melhor avaliação poderão dar mais classificações de Excelente e Muito Bom a professores"

"As escolas com melhores notas na avaliação externa poderão atribuir aos seus professores mais classificações de Muito Bom e Excelente no âmbito da avaliação de desempenho, anunciou hoje o secretário de Estado Adjunto e da Educação.

Em declarações aos jornalistas no final da primeira reunião da comissão paritária de acompanhamento do processo de avaliação, Jorge Pedreira reiterou que as quotas para atribuição destas classificações serão "muito aproximadas" às da restante administração pública: cinco por cento para as classificações superiores e 20 por cento para as restantes.

"Haverá também, neste caso, majorações para as escolas que tenham melhor avaliação externa", acrescentou Jorge Pedreira.

 

A atribuição de Excelente e Muito Bom é mais uma das "pérolas" bem escondidas do Estatuto da Carreira Docente.

Tido como bandeira e usado como escudo de defesa pela senhora ministra que não se cansa de repetir que o ECD propõe uma avaliação de desempenho que valoriza a excelência, distingue e premeia quem apresenta melhor desempenho.

Pois é MENTIRA, como se pode constatar pela análise cuidada do artigo 48º ECD.

 

Artigo 48º

Efeitos da avaliação

1- A atribuição da menção qualitativa de Excelente durante dois períodos consecutivos de avaliação de desempenho determina a redução de quatro anos de serviço docente exigido para efeitos de acesso à categoria de professor titular.

(...)

Analisemos então:

Para a obtenção de 2 Excelentes consecutivos são precisos 4 anos.

Os professores podem aceder à categoria de professor titular com 18 anos de serviço.

Pelo que, só os professores com menos de 12 anos de serviço poderão beneficiar desta redução.

Como sabemos, são muito poucos os professores com menos de 12 anos de serviço em condições de sonharem com tal menção, sendo que, muitos nem do quadro serão.

Podem os senhores Presidentes dos Sindicatos, os Senhores Secretários de Estado e a Senhora Ministra da Educação dedicar a este tema mais alguns meses a negociar as tais quotas, pois o assunto justifica...

Para maior credibilidade será bom garantirem uma boa cobertura pelos vários meios de comunicação social e, assim, continuarem a manter anestesiada a opinião pública.

Compreende-se o timing escolhido...

Terá a ver com o desvio de atenções, ideal para a implementação do decreto lei nº 75 e eleição do Conselho Geral Transitório?

Terá a ver com a reorganização do currículo do 2º ciclo anunciado, em Fevereiro último, pela senhora ministra?

O circo continua!!!

publicado por Margarida às 21:06

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Hinos em Horários Escolares

Leona Lewis - Bleeding Love

 

 

 

 

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publicado por Margarida às 00:05

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Quinta-feira, 8 de Maio de 2008

Professores do Norte avançam com iniciativa legislativa de cidadãos para discussão e revisão do ECD

publicado por Margarida às 23:34

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Discurso das bolinhas de sabão

"Maria de Lurdes Rodrigues: Escolas têm de formar jovens para cidadania e sociedade do conhecimento" 

 

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse, hoje em Braga que "a escola actual tem de ser mais aberta e participativa, de forma a formar jovens para a cidadania e para a sociedade do conhecimento".

"A escola tem de formar cidadãos para participarem numa sociedade aberta e participativa, mas tem também de os preparar para serem autónomos, capazes de desenvolver projectos pessoais e profissionais", declarou.

 

A senhora ministra da Educação entrou, antecipadamente, em campanha eleitoral e parece querer conquistar (calar) o Presidente da República. Belas ideias, sim senhora, mas que foi copiar ao discurso e exigências que os professores reclamam há vários anos.

À senhora ministra não cabe dizer que a escola deve... , mas antes, olhar para o que lhe compete fazer e, interiorizar que é ao ME que compete reorganizar o currículo de forma articulada e que permita a consolidação de conhecimentos caminhando no sentido de uma autonomia sustentada.

Os professores exigem-no e sabem como fazê-lo. O que se pede é menos palavras ao vento e mais trabalho sério.

Em caso de dificuldade, os professores, apesar de tudo, podem ser uma mais-valia...

 

publicado por Margarida às 22:23

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Irregularidades/Ilegalidades nas Normas Transitórias V

Recebi, finalmente, uma resposta da Fenprof assinada por Mário Nogueira, relativa ao que tenho chamado de Ilegalidade nas Normas Transitórias do ECD.

Lamentavelmente, a sua resposta não clarifica esta situação. Passo a transcrever:

(...)

 
2. Os Sindicatos, e refiro-me à FENPROF, estiveram sempre atentos às ilegalidades do ECD e da própria avaliação. Por isso:
a) as denunciaram na Provedoria de Justiça;
b) as levaram à Assembleia da República (onde o grupo parlamentar do PS rejeitou todas as alterações ao ECD propostas pelos grupos parlamentares do PCP e do PSD);
c) incentivaram – tendo conseguido – que o ECD tivesse sido remetido para o Tribunal Constitucional (que, infelizmente, só encontrou uma norma ferida de inconstitucionalidade);
d) interpuseram providências cautelares que tiveram o mérito de impedir a implementação, este ano, da avaliação do ME, criando condições, não apenas para a suspensão este ano como para que lhe fosse conferido um carácter experimental no próximo.
 
3. Quanto a todo o trabalho e denúncia sobre o aumento do número de anos da carreira, e as lutas dos professores, em tempo útil, contra essa (e outras) medida negativa, tiveram lugar durante toda a fase de imposição, pelo ME, do ECD.
Fizeram-se grandes lutas, uma delas a Marcha dos Professores realizada em 5 de Outubro de 2006 que juntou em Lisboa (hoje dizemos, apenas) 25.000 professores.
Outras lutas se fizeram, incluindo jurídicas e, por causa do regime transitório entre carreiras, foram interpostas diversas acções em Tribunal, pelos Sindicatos, em representação dos seus associados. Acções que continuam no Tribunal.
 Assim, colega, mais do que a nossa solidariedade, pode ter a certeza de que continuaremos a agir e lutar contra um estatuto da carreira docente que é uma vergonha, que desvaloriza os professores e que, como dissemos quando o Primeiro-Ministro nos chamou privilegiados, nos roubou direitos importantes e não privilégios.
 

Não encontro qualquer referência concreta às irregulatidades provocadas pela aplicação das normas transitórias.

Pelo contrário, há referência a que o tribunal constitucional apenas encontrou uma situação inconstitucional, assumindo-se, portanto, que tudo o resto está em conformidade com a constituição não subsistindo qualquer ilegalidade.

Lamento esta atitude...

Os professores perguntam se não há ilegalidade nas normas quando  prevêem que um professor do quadro, com 9 anos de serviço (índice 188) seja colocado no 2º escalão e aí tenha de permanecer mais 3 anos, para poder transitar para o 3º escalão e um professor que seja colocado pela 1º vez na carreira, que  tenha 10 anos de serviço, seja colocado no 3º escalão.

Vários estudos  foram já realizados, onde se prova que os professores dos antigos 4º, 5º e 6º escalões, só conseguirão atingir o topo da carreira ao fim 39, 38 e 37 anos de serviço, respectivamente, (não incluindo o tempo de congelamento) e nunca nos 35 anos previstos no actual Estatuto da Carreira Docente.

Não se compreende o silêncio dos sindicatos sobre este assunto, assim como as respostas evazivas que  vão dando, talvez, na esperança que o assunto caia no esquecimento.

Será que sou eu que ando a ver muito mal?

 

Norma ,que pode ser adaptada, para  solicitar esclarecimentos à DGRHE

publicado por Margarida às 19:34

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Quarta-feira, 7 de Maio de 2008

Ensino show

 

DESCRIÇÃO: Para acabar com as imagens chocantes de alunos a serem torturados nas salas de aulas, está a surgir uma nova geração de professores artistas, com métodos de ensino do século XXI ,em que as aulas passam a ser shows e os alunos turmas de fãs.

Estes alunos manifestam intenção de continuar no clube e realizaram já a pré-instrição nos vários níveis, inclusive o mestrado e douroramento, para garantirem  vaga...

publicado por Margarida às 19:23

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Segunda-feira, 5 de Maio de 2008

Portefólio - Organização

Pela importância que a organização do trabalho do professor se reveste, tendo em conta a exigência burocrática do processo de avaliação de desempenho, recoloco o post "Portefólio - Organização".

 

Uma das componentes importantes da avaliação de desempenho do docente incidirá sobre a análise documental.

Dado o múltiplo e complexo conjunto de documentos elaborados pelo professor ao longo de um período de avaliação, organizar todo o trabalho em portefólio poderá facilitar a auto-avaliação e permitir uma mais fácil avaliação pelo avaliador.

A sugestão de organização do portefólio que elaborei, contempla os itens constantes das fichas de avaliação pelo Coordenador e pelo Presidente do Conselho Executivo.

Pretende ser, apenas, uma sugestão de trabalho que pode ser enriquecido por cada um e deverá ser adequada às orientações de cada escola.

 

publicado por Margarida às 00:38

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Domingo, 4 de Maio de 2008

Em jeito de homenagem a Ramiro Marques

É sempre com agrado que vemos o nosso trabalho ser reconhecimento e ainda mais, quando o reconhecimento vem de alguém que admiramos e aquem reconhecemos todo o mérito.

Falo, evidentemente, de Ramiro Marques que leio todos os dias e agradeço a nomeação, mas principalmente o privilégio de ser sua companhia quando escolhe o Horários Escolares para as suas leituras.

Para Ramiro Marques vai, também, o meu reconhecimento pelo trabalho que vem desenvolvendo em defesa da Educação e pelo acompanhamento e ânimo que vai tentando transmitir aos professores. Por tudo, BEM HAJA!

 

E agora, tenho de nomear mais 7 blogues e vou fazê-lo com todo o gosto, seguindo o mesmo princípio.

Assim, a nomeação para esta categoria "é um blog muito bom sim senhora!!"  vai para... blogues de alunos que se iniciam na blogosfera.

Zénite - sugestão de Ramiro Marques

Viver a Biblioteca

Toqdentrada

Conheces Viana

Tomorrow is a different day

JJMS_8b Área de Projecto

Comunicar em Matemática

 

Aos alunos, editores dos blogues nomeados, cabe cumprir a continuidade da corrente, nomear mais 7, colocar o prémio no blog  e incentivar o trabalho de outros colegas pelos caminhos da blogosfera, partilhando experiências e conhecimentos, dando força para um contínuo progresso e crescimento.
Aos professores envolvidos nos projectos Blog, um grande bem haja pela disponibilidade para os seus alunos, pela capacidade inovadora de envolver e cativar os alunos para novos desafios.

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publicado por Margarida às 21:22

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Hinos em Horários Escolares

 

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publicado por Margarida às 17:57

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Democracia portuguesa é das piores da Europa

A Demos, think tank britânico, veio avisar-nos que a qualidade da nossa democracia deixa muito a desejar. Num total de 25 países europeus analisados, apenas a Polónia, Bulgária, Lituânia e Roménia estão piores classificados do que nós.

Do ponto de vista da democracia formal, até nem estamos mal: ocupamos o 14.º lugar, acima da Espanha, Grécia ou a Itália. O que puxa para baixo a nossa democracia são os reduzidos níveis de participação dos cidadãos e os limitados direitos quando se trata de escolhermos a estrutura familiar.

O resultado da auditoria da Demos conflui com a inquietação demonstrada por Cavaco Silva, no discurso do 25 de Abril, acerca do alheamento dos jovens em relação à coisa política. E podem ser inseridos no quadro mais vasto do desconforto generalizada dos cidadãos com os seus líderes políticos.

É este desconforto que explica porque é que toda a gente anda à procura de um Obama, de um líder diferente capaz de os entusiasmar - e a eleição para mayor de Londres de Boris Johnson, que em 2004, na sua campanha eleitoral, garantiu que quem votar nele faria "com que a sua mulher passasse a ter mamas grandes e aumentaria a possibilidades de ter um BMW M3".

In, DN/ 2-05-08

 

Num país onde as decisões políticas são, cada vez mais, centradas no umbigo da elite governativa, tendo por orientação os lobys dos grandes grupos económicos é natural que, a maior parte da população se desencante e não encontre lugar para o exercício legítimo da cidadania.

Nesta linha de construção da "democracia", encontra-se o desinvestimento numa educação que forma mentalidades, que aprofunda saberes e sentido crítico. Esta educação, que segundo a LBSE, deveria formar os cidadãos para o pleno e efectivo exercício da cidadania, não interessa e pode mesmo pôr em perigo os interesses da casta política que se deixa subjugar pelos grandes grupos económicos.

Não poderá existir democracia plena numa sociedade onde a educação não é séria e profunda, onde à educação só é permitido abordar os assuntos de forma superficial e nada crítica, onde a exigência é reduzida a NADA.

 

publicado por Margarida às 09:48

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Sexta-feira, 2 de Maio de 2008

ME abre concurso para fornecimento de computadores às escolas

O concurso público internacional para atribuição de cerca de 111 mil computadores às escolas do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Secundário, lançado pelo Ministério da Educação e integrado no Plano Tecnológico, representa um investimento de 70 milhões de euros.

Em comunicado, o Ministério da Educação (ME) anunciou a abertura do concurso público internacional para fornecimento, instalação e manutenção de computadores nas escolas do 2.º e 3º. ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário.
O lançamento do concurso, que fornecerá 111 491 computadores às escolas portuguesas e cujo orçamento ronda os 70 milhões de euros, já foi noticiado pelo Jornal Oficial da União Europeia.


No comunicado, o ME faz saber que, "com esta medida facilitadora do ensino e da aprendizagem, o conjunto daquelas escolas disponibilizarão, já no próximo ano lectivo, um computador por cada cinco alunos, número que coloca Portugal no conjunto dos países europeus mais avançados neste domínio e significa a queda para menos de metade do valor existente no ano lectivo 2005/06". O ME declara ainda que "em todas as salas de aula das escolas em causa haverá um computador novo, que suportará a utilização dos videoprojectores e dos quadros interactivos, cujas aquisições por concurso público serão anunciadas ainda em Abril".


O Plano Tecnológico da Educação tem como principais objectivos modernizar tecnologicamente as escolas, atingir o rácio de dois alunos por computador com ligação à Internet, garantir em todas as escolas o acesso à Internet em banda larga, a criação do cartão electrónico para todos os alunos e a disponibilização de endereços electrónicos a todos os alunos e docentes.


Em Agosto de 2007, aquando da aprovação do Plano Tecnológico da Educação, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, revelou como outros pontos positivos do plano o facto de conferir às escolas a possibilidade de "desburocratizarem" alguns actos, como as matrículas, as compras para as cantinas e papelarias, além de "facilitar o contacto entre as escolas e as famílias" e dar melhores condições de segurança.
O plano encontra-se estruturado em três eixos de actuação principais: tecnologia, conteúdos e formação.

 

No "eixo tecnologia", um dos projectos-chave a implementar é o "kit tecnológico escola", que visa dotar todas as escolas de um número adequado de computadores, impressoras, videoprojectores e de quadros interactivos. Ainda no "eixo tecnologia" está prevista a ligação de todos os computadores das escolas através de banda larga de alta velocidade, a criação de "redes locais" e a dotação da totalidade das escolas com sistemas de alarme e videovigilância.


No "eixo dos conteúdos", um dos projectos-chave é o "Mais-Escola.pt", que visa promover "a produção, distribuição e a utilização de conteúdos informáticos nos métodos de ensino", como por exemplo a criação da sebenta electrónica. Outros dos projectos deste eixo é a "Escola Simplex", que tem como objectivo aumentar a eficiência da gestão e comunicação entre os agentes da comunidade educativa, bem como generalizar a utilização de sistemas electrónicos de gestão de processos e de documentação.


Relativamente ao "eixo formação", os projectos-chave são a "formação e certificação de competências em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)", que visa promover a formação dos agentes da comunidade educativa.
A conclusão do Plano Tecnológico da Educação está prevista para 2010.

 

Lusa| 2008-04-24

publicado por Margarida às 20:31

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Quinta-feira, 1 de Maio de 2008

Hora de unir na corrente e homenagear

É uma iniciativa muito gira SIM SENHORA!
 

 

Pela Blogosfera decorre uma iniciativa com a finalidade de homenagear blogues amigos que nos visitam ou visitamos e que, de alguma forma, possuem afinidades connosco.
 
 
O HORÁRIOS ESCOLARES foi nomeado pelo Revisitar a Educação , ao qual agradece tão distinta nomeação de acordo com as 3 regras:
 
 


1- Este prémio deve ser atribuído aos blogs que gostamos e visitamos regularmente, postando comentários;


2- Ao receber o selo "é um blog muito bom sim senhora!!" devemos escrever um post incluindo: o nome de quem nos deu o prémio com o respectivo link de acesso, mais a tag do prémio, mais a indicação de outros 7 blogs;


3- A tag do prémio deve ser exibida no blog.


HORÁRIOS ESCOLARES, declara que os Blogues que visita regularmente pelo prazer de os ler, pelo excelente trabalho no domínio da educação e pela partilha de ideias, entre os muitos estão "A Educação no meu Umbigo", "Revisitar a Educação", "Tempo de Teia", "ProfRamiroMarques", mas que não serão nomeados por mim, nesta corrente engraçada, para evitar a repetição de nomeações e o cansaço dos seus editores.

 

Assim, a nomeação para esta categoria "é um blog muito bom sim senhora!!"  vai para... blogues de alunos que se iniciam na blogosfera.

Mundo Dany - Excelente trabalho de sentimentos e partilhas. Vou gostar de acompanhar o teu caminho Daniela.
O meu espaço - Ainda a dar os primeiros passos... mas promete. Continua Patrícia.
TurmabêTurma - Excelente trabalho. Parabéns aos 28 na Turma e ao professor.
RebeldesN - Parabéns aos RebeldesN do 7eNevogilde e à Directora de Turma.
GT Turma - Parabéns aos GT Turma! Brilhante trabalho!
MariaCarvalho - Excelente Maria!
A Música do Silêncio - Lindo! Parabéns...
Aos alunos, editores dos blogues nomeados, cabe cumprir a continuidade da corrente e incentivar o trabalho de outros colegas pelos caminhos da blogosfera, partilhando experiências e conhecimentos, dando força para um contínuo progresso e crescimento. 
Aos professores envolvidos nos projectos Blog, um grande bem haja pela disponibilidade para os seus alunos, pela capacidade inovadora de envolver e cativar os alunos para novos desafios.
tags:
publicado por Margarida às 09:52

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